23 novembro, 2005

Divagações a respeito de uma meia foda

Dia desses divagava numa roda a respeito de uma meia foda. Perguntavam: existe meia foda mesmo? Como definir uma meia foda? Um engraçadinho devolveu que uma meia da nike era muito foda. Mas não era esta a questão. Queria saber o que distinguiria uma foda de uma meia foda.

Sugeriram que uma meia foda seria uma foda não completa ou uma fodinha. Argumentei que tanto uma foda não completa como uma fodinha eram fodas apesar de tal fato ser meio foda.

Então um incauto definiu que meia foda era uma foda com roupas. Isso foi logo rejeitado, uma foda com roupas era muito foda, quem fode com roupa fica completamente fodido e ralado e isso não pode ser uma meia foda.

Algumas coisas são muito fodas de se definir, uma delas é a meia foda.

14 novembro, 2005

Prefácio à última obra...


Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu "Zaratustra": como eu poderia misturar-me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.

As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido – conheço-as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo...

Muito bem! Apenas esses são meus leitores, meus verdadeiros leitores, meus leitores predestinados: que importância tem o resto? – O resto é somente a humanidade. – É preciso tornar-se superior à humanidade em poder, em grandeza de alma – em desprezo...

F.W.N.

10 novembro, 2005

Grandes furos jornalísticos da década

Com pouco tempo e criatividade para publicar algo original, subscrevo boas dicas de leitura de grandes furos jornalísticos da década de 0. O curioso - mas nem tanto - é que as reportagens foram feitas pelo mesmo jornalista, Bob Fernandes. Segue um pouco de sabotagem aos parcos leitores do blog:

Crônica de um Golpe , Venezuela, abril de 2002;

Operação 14 de julho;

As provas da operação;

Os EUA grampearam o Alvorada.

08 novembro, 2005

Os domínios mais azarados da web

O site thesun.co.uk fez uma pesquisa e descobriu os nomes de domínio mais azarados da internet. Os nomes podem ser lidos mais de uma maneira, e assim ficam com um sentindo tosqueira. Confira quais são:

www.whorepresents.com
O que é o site: Um banco de dados para agências de ricos e famosos.
Sentindo verdadeiro: Who represents - Quem representa
Sentido azarado: Whore presents - Prostituta apresenta

www.expertsexchange.com
O que é o site: Um fórum onde programadores trocam dicas.
Sentindo verdadeiro: Experts Exchange - Trocas entre experts
Sentido azarado: Expert Sex Change - Troca de sexo expert

www.penisland.net
O que é o site: Uma empresa que faz canetas sob encomenda.
Sentindo verdadeiro: Pen Island - Ilha da caneta
Sentido azarado: Penis land - Terra do pênis

www.therapistfinder.com
O que é o site: Site de busca de terapeutas.
Sentindo verdadeiro: Therapist finder - Busca terapeutas
Sentido azarado: The rapist finder - Busca de estupradores

www.molestationnursery.com
O que é o site: Uma creche no sul do País de Gales.
Sentindo verdadeiro: Mole Station Nursery - Creche de Mole Station
Sentido azarado: Molestation nursery - Creche de molestamento

www.powergenitalia.com
O que é o site: Empresa de energia elétrica em Milão, na Itália.
Sentindo verdadeiro: Power-Gen Italia
Sentido azarado: Power genitalia - Genitália poderosa

07 novembro, 2005

Passatempo

Você está dentro do ônibus esperando o tempo passar, completamente entediado? Ou ainda, acabou de chegar bêbado da festa e não está com sono? Está esperando sua mulher sair da porra do cabelereiro e não tem o que fazer?? SEUS PROBLEMAS ACABARAM! O Suck Here tem a solução! Anote este numero no seu celular: 9090 3225-3218.

É o número telefônico de Lúcio José Botelho (conhecem?). Ele e sua família adoram receber ligações a cobrar de orelhões e celulares sem identificação de número, especialmente após as 2h da manhã! Você mata seu tempo inútil e ainda se diverte imaginando a cara do Zé Botelho! Não deixe de ligar, especialmente em ocasiões pós ingestão de álcool.

Divulguem esta campanha em Blogs, Fotologs, Orkut e outras inutilidades, ok? Beijo no sfíncter.

Bizarro

Segundo o diagnóstico realizado pelo Fonaprace, 5,5% dos estudantes (universitários) fazem uso de medicação psiquiátrica e 24% já procuraram ajuda psicológica. Um outro estudo, feito pelo psicólogo Marcelo Tavares, que também ajudou na pesquisa do Fonaprace, mostra que 47% dos alunos de uma amostra de 420 recém-ingressos na Universidade de Brasília já haviam pensado em suicídio, e para 9,8% deles a idéia era recorrente. Trinta dos estudantes pesquisados tinham tentado se matar.

Fonte: Unaberta

É... a falta do RU faz coisas!

01 novembro, 2005

Manifesto Antropófago revisitado

Qualquer semelhança com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, do ano de 1928, não se trata de mera coincidência!

Só o saci nos une. Sacialmente. Etnicamente. Culturalmente. No ano 449 da deglutição do Bispo Sardinha em Piratininga, e 75 anos após o lançamento do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, os saciólogos desta terra vão, aos pulos, convergindo em torno da única lei justa do mundo globalizado. O saci resgata nossa identidade, nossas raízes, o xis da questão tupi. Contra todas as catequeses do Império só nos interessa o que não é deles. A lei do saci.

Estamos fatigados de todos os colonialismos travestidos de drama roliudiano. O cinema americano devorando corações e mentes. Demente. No país onde dá status ter casa em Maiami e comprar em sales com 20% off. Estacionar no valet parking e pedir comida delivery. Por isso fazemos eco ao brado oswaldiano, contra todos os importadores da consciência enlatada. Oswald ainda grita, resquícios do nheengatú ecoando ao longe. Nunca admitimos o nascimento de Jeca Tatu entre nós. Só que o Jeca de Lobato resiste. Ele resiste ao Pato Donald, aos Poquemons, ao Raloim, às bruxas do Bush.

O instinto do Saci. Só Saci. Um Saci contra as histórias do homem que começam no Cabo Canaveral. A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. E os transfusores de sangue. Das veias abertas da América Latina. Antes dos norte-americanos ocuparem o Brasil, o saci já tinha descoberto a felicidade. Definida pela sacizidade de um antropófago, o próprio Saci. A transfiguração da Abóbora em carne seca. Antropofagia. Absorção do inimigo abóbora.

A nossa independência já foi proclamada no 7 de Setembro, em São Luís do Paraitinga. Expulsamos o imperialismo travestido de globalização hegemônica. Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada em Washington e Londres, a realidade sem complexos e sem penitenciárias do saciarcado de Pindorama.

São Luis de Paraitinga, 31 de outubro de 2003, ano da deglutição final da abóbora