Hoje eu tava puto. Puto mesmo. Queria quebrar alguma coisa ou alguém. Cheguei na UFSC e recebi um jornalzinho do PSTU. PSTU à merda! Durante a aula, risquei toda aquela balela sobre trabalhadores e excluídos, fiz bigodinho na Heloísa Helena e pintei a Joaninha, que até ficou meio gostosa. Fui para o RU. Peguei a bandeja e me deu uma puta vontade de atirar aquilo na cara de alguém, de alguém vestido de branco. Só para ver a reação dos feijões batendo contra uma alva camiseta de linho. Não encontrei ninguém de branco. Sentei quieto numa mesa vazia. Comi igual a um porco. Esvaziei o copo de pudim - pudim branco. Descarreguei com raiva a bandeja na lixeira, queria quebrá-las. Não consegui. Entupi um copo com água e bebi metade. A outra metade atirei junto com o copo contra uma árvore - bela cena. Perto da reitoria vi um carro. Quis subir no seu teto e pular, pular até afundá-lo. O carro parece ter percebido minha intenção e saiu. Labgrad. Orkut por todos os lados. Imaginei teclados voando por todos os lados, desfacelando internautas. Imaginei bandejões voando, uma guerra de comida espetacular. Risoto por todos os lados, pudim rosa grudado no teto, todos putos. Putos e gargalhando. Estresse de fim de semestre. Passeio pela UFSC. Idiotas na grama lendo, fumando, comprando bijuterias. Quis que chovesse, torrencialmente. Que fazem sossegados no fim de semestre? Deveriam estar putos, deveriam estar vestidos de branco. Feijões voando. Fim de semestre.
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